Já faz um tempo, não muito, que eu venho percebendo minha reação diante às coisas. Me vejo tão diferente da média, e mesmo não sendo nenhum exemplo de auto-estima, nesse ponto me sinto bem. Sei que da mesma forma que tenho olhado com afinco para esse quesito, tenho criticado ações diferentes das que acredito que sejam as certas..
Sei lá, a perfeição me causa desconfiança. Talvez pela falta de capacidade em perceber até onde vai o outro, suas fraquezas e virtudes; ou ainda pelo medo, mesmo, de estar sendo enganada pelo ser em questão..
As pessoas se escondem, se tornam convenientes e aceitam coisas que no seu estado normal, não fariam. Não explodem, não gritam, não dizem "NÃO"; são perfeitas quase que 100% do tempo, e por tanto, superficiais e falsas. Vez ou outra, é possível a condição de tocar o outro, vê-lo como humano, e não como ente eternizado, que esse mesmo ser faz questão de apresentar..
Isso tem, ou eu acho que tenha, a ver com a falta de auto-confiança de quem faz, além do medo de afastar os outros. A ansia para não ficar sozinho é grande. É verdade que ninguém quer desatenção e desconsideração, mas pelo que se vê, também não conta com uma aproximação "de verdade", e sequer considera a possibilidade de estar se envolvendo com uma outra pessoa de forma íntegra, com sinceridade e olho no olho. E é isso o que mais incomoda..
Todo mundo é assim, ou já foi. Questão de conveniência. É mais fácil PARECER SER outra pessoa, do que dar a cara a tapa e se mostrar como realmente é. Ninguém é "homem" o suficiente para isso. Maturidade demanda tempo, e muitas vezes é muito. Mas uma coisa é certa, tansparência é a alma do negócio. Quando descoberto esse tesouro, cedo ou nem tanto, tudo melhora.
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